A Bela Junie

Cinema francês, devo logo avisar que o mais impressionante desse filme é você achar que esta entendendo tudo, sabe o que vai acontecer a seguir e descobrir que você estava errado. Normalmente acostumados com a ótica de Hollywood sobre as historias, facilmente pode acontecer de se enganar com o rumo da historia desta menina. (...)






(La Belle Personne, França, 2008)

Ficha Técnica: site epipoca Resenha: site omelete

Pontos de vista da poltrona:
(contém informações que revelam o conteúdo do filme)
Cinema francês, devo logo avisar que o mais impressionante desse filme é você achar que esta entendendo tudo, sabe o que vai acontecer a seguir e descobrir que você estava errado. Normalmente acostumados com a ótica de Hollywood sobre as historias, facilmente pode acontecer de se enganar com o rumo da historia desta menina.

 Uma menina mesmo, mas seu jeitinho engana, faz de durona e sua fragilidade é amar inteiramente ao menor gesto que demonstre o interesse do seu amante. Confesso que fiquei durante o filme muito revoltado com as atitudes de Junie, mas o filme salvou-se ao final durante uma conversa entre ela e o seu amado. Nessa conversa ela explica o que se passa em sua cabeça, levando em consideração que o filme trata-se de um conflito psicológico, alias, filme que foi inspirado em um romance cujo livro é considerado um dos primeiros romances psicológicos da literatura francesa, essa conversa vem bem a calhar para entrarmos nesse mundo de Junie e confesso ainda que é belo mesmo. No fim das contas, ou dos minutos finais do filme, cheguei a velha consideração de que o amor é para corajosos e Junie com apenas seus dezesseis anos ainda não conseguiu lidar com isso e abre mão de tudo para seguir tentando minimizar suas chances de ser infeliz, quando por outro lado esta talvez abrindo mão de ser realmente feliz pelo simples fato de ser amada e amar alguém.

Um filme lindo, sem a menor duvida, considero três personagens marcantes sendo eles: Junie, Otto e Nemours. Junie por motivos óbvios, Otto por perpetuar a velha receita de historias de amor com sua morte, amor e morte é como arroz e feijão, uma combinação perfeita, Nemours por ser uma peça fundamental nesse conflito e um personagem marcante, não só por ser bonitão, mas por carregar consigo essa coisa de ser garanhão, não se envolver sentimentalmente e depois tornar-se um ultra romântico, neurótico e no fim das contas deixou-se levar pela fantasia e abriu mão de tudo que tinha pelo incerto, tudo isso por ser corajoso.
O filme não narra uma historia, são as imagens, cenas e os conflitos que transmite esse momento da vida da personagem e somente assim, vendo tudo acontecer sem a necessidade de palavras faz com que possamos compreender as coisas que fazem a Junie ser essa Belle Personne.

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